quarta-feira, julho 29, 2009

When nature's calling

Uma das vantagens de ser balzaquiana, é que a gente assume nossos atos sem receio de ser julgada. Pois é, outro dia aconteceu algo do gênero e fora do meu controle.
Estava na pacata vila de Conceição da Ibitipoca (MG) e me deu uma vontade louca de ir ao banheiro. Suando pra caramba, entrei numa lojinha, disfarcei que ia comprar algo e em seguida pedi para usar o toilet. Tchibum. Que alívio!
A descarga do banheiro era daquelas antiga que tem que puxar a cordinha. Puxei. Veio aquela enchurrada de água, ficou rodando o "charuto", depois partiu o danado em partes, rodou, rodou, rodou, mas acabou ficando lá no vaso, bloqueando a passagem.
Tive de esperar uns minutos até o reservatório da descarga encher por completo. Joguei água sanitária, desinfetante, fiz reza brava, tudo isso com a esperança de desobstruir a privada. Puxei a cordinha e veio aquele Itaipu novamente. Tudo na mesma.
Nisso já se passaram dez minutos! E meu marido lá fora já sacando tudo o quê estava rolando (literalmente).
Sem esperança de que o trem não ia desembarcar tão fácil, saí da casinha. Leve, mas com peso na consciência.
Assumindo a desgraça pra sí, me dirigi a moça da loja em tom sereno:
- Puxei a descarga, mas não escoou.
- Não tem problema, isso acontece com frequência.
Saí de mãos limpas e dadas com meu marido e fomos embora.
E pra encerrar, uma linda imagem da natureza de Conceição da Ibitipoca.