terça-feira, outubro 28, 2008

Jornalismo mercenário

Após ler um post da blogueira Sílvia, veio à tona algo que contribuiu o meu abandono pelo jornalismo.
É muito vergonhoso ver que o bom jornalismo é interpretado como aquele que sai esbravejando denúncias, escândalos e violência. É só conferir quais reportagens faturaram os prêmios na imprensa.
Antigamente dizia-se que o jornalista era o burocrata de informação. Hoje, ele é pior do que isso. É o mercenário que lucra e ganha fama às custas da desgraça alheia. "O repórter fulano de tal, da emissora X ganhou o troféu Y pela cobertura do desastre aéreo". Se não houvesse a tal tragédia, será que o cara ia ficar entre os finalistas com uma matéria científica?
Gritar é fácil, todo mundo faz. Quero ver alguém na imprensa pensar, refletir e apontar uma solução ou idéia para um fato que interfere no cotidiano da sociedade. Mas aí os "colegas" se defendem dizendo que jornalista tem que ser imparcial, não pode opinar. Tá bom. Mostrar um corpo alvejado não é nada imparcial. Sem contar nas informações mal apuradas e das fontes de credibilidade questionável, que circulam nos veículos formadores de opinião.
Mas ainda bem que existe matéria de serviço, à arroz-com-feijão das redações, que, na minha opinião, acrescenta algo útil nas pessoas. Pena que é tão menosprezada a ponto de virar material calhau em certas redações.

Caseira

Ando muito ausente aqui. Tempo pra escrever é o quê não falta, mas no momento estou empenhada nos estudos, e por isso, acabo não tendo inspiração para postar.
E o tempo livre, fica reservado para caminhar, testar um prato diferente com o maridão, fazer bijuteria e alugar uns DVDs.
Fim de semana tá chegando e promete ser divertido viajar com os amigos. Assunto é o que não vai faltar para postar aqui, pois a última vez que viajamos juntos foi um festival de aventura, na ida, durante a estadia e na volta.
Um dia desses escrevo aqui sobre isso.

quinta-feira, outubro 16, 2008

La broma

Nina Piza, minha amiga mexicana, se manifestou:
TE PASASTE!! OSEA SI ME LA CREI OK, CON ESO DE QUE ESTAS MEDIO LOQUITA, PENSE QUE YA SE TE HABIA BOTADO EL CHANGO Y SI TE IBAS.. NO VUELVAS HACER ESO ...

E a colombiana Laura Botero também:
Guapa!!!!
You made me laugh, I was really shock, and even thought, how come? just now she got married?


Essas foram as reações das minhas amigas latinas após receberem uma brincadeira minha.
Tô impressionada como a palavra escrita tem poder, peso e fuerça até nos dias virtuais de hoje. E a imagem, pode nos condenar...kkkkkkkkk (ai minha barriga tá doendo de tanto rir!).
Confira abaixo la broma (a brincadeira):

Queridas amigas y compañeras,
Espero que vocês sejam capazes de entender a mensagem em espanhol, pois devido ao que vou fazer, não devo mais comunicar-me em português.

Debido a algunos problemas que estoy pasando en mi vida, resolví cambiar de rumbo. Por eso, me estoy despidiendo de ustedes hoy.

Conseguí un trabajo como ayudante en la Cruz Roja alrededor del mundo, en compañía de un grupo de voluntarios. Quiero encontrar mi verdadera esencia. Mi familia me entendió y me está apoyando. Saben que es por una buena causa.
No sé si tendré tiempo de escribirles, igualmente saben que les deseo lo mejor.
Un beso grande, muchas gracias por todo, las extrañaré.

Les adjunto una foto del grupo que viajará comigo.

Besos,

P.S.: Siempre existe la pposibilidad si quierem venir también, ustedes me avisan...

terça-feira, outubro 07, 2008

Cobertura das eleições

Cansaço, estresse e fome reinaram nos "pelourinhos" (redações) durante a cobertura das eleições 2008. Quem está na rua fica à mercê do empurra-empurra, chuva, vento, frio, calor, etc. E quem fica na redação também se ferra: bunda colada na cadeira, olhos pregados no micro e boca e ouvidos no telefone. Ir no banheiro, só quando não der mais pra rebolar na cadeira. E sair pra comer, nem pensar! Só por decreto.

Quem acompanhou a votação pela TV, pode notar que o entusiasmo dos jornalistas ia diminuindo a cada entrada. A apresentadora Luciana Camargo, aquela da voz grave e aveludada do Gazeta News, bem que se esforçou, mas não conseguiu disfarçar a fadiga nas expressões do rosto e na voz, que estava lenta e fraca. Ela mal conseguia esboçar um sorriso no final da notícia.

Na Globo News, o estresse tomou conta. A repórter Cristiana Lôbo, se irritou com a Mônica Waldvogel, que não a deixava falar. Sem querer vazou o áudio da Cristiana reclamando: "Meu Deus, isso não é possível. Será que ela não ouve?".

E no impresso, a lei da sobrevivência gritou alto, segundo uma amiga-fonte-segura. Num certo pelourinho, o senhor-de-engenho fez a gentileza de fornecer lanchinho pros escravinhos, mas o rango só foi liberado depois do fechamento, às 0h30! Lê-lê, lê-lê...

Numa outra senzala, a falta de bom senso partiu dos próprios explorados. A comida foi deixada numa parte isolada da redação, então, os egoístas devoraram tudo e os mais envolvidos com à apuração dos resultados ficaram de estômago vazio até às 4 horas da madrugada!

Não me toque!

Tô na fila do caixa na padoca, eis que surge um funcionário e segura no meu braço direito.
O cara (muito do folgado) queria pegar uma pilha de cartão no caixa e ao invés de se aproximar civilizadamente, ele preferiu ficar a um metro de distância do caixa, esticar o corpo, se equilibrar na ponta do pé e ao perceber que não tinha pré-disposição genética para ser bailarino, acabou agarrando no meu fino bracinho.
Tá pensando que meu braço é corrimão, porra?!