terça-feira, março 31, 2009

ob

Barack Obama é igual ob:
"Ele está num dos melhores lugares do mundo, mas no pior momento"

autor desconhecido

segunda-feira, março 30, 2009

Efeito casulo

Outro dia saí do interior e fui à 25 de março de ônibus. Me senti um bichinho do mato quando o busão parou no terminal Tietê e tive de tomar o metrô lotado. Achei tão engraçada a sensação de "efeito casulo" pois jamais imaginei que isso aconteceria comigo que trabalhei mais de 15 anos em Sampa, em locais movimentados como a avenida paulista, praça da República, Santa Cecília e Vila Madalena.
Chegando na 25, já estava mais adaptada com o corre corre e logo fui me enturmando entre a gritaria dos camelôs, vai e vem da multidão e as lojas lotadas. O que mais de surpreende naquela região, além da variedade de produtos e preços, é a simplicidade, simpatia e praticidade dos vendedores que dão um show de atendimento, 10 X 0, aos colegas de profissão que trampam sob ar acondicionado nos shoppings.
Meia hora depois de andança por lá, nem me apavorei com os vendedores ambulantes fugindo com sacos cheios de mercadorias. Os experts montam as banquinhas em caixotes semi embalados em sacos plásticos, assim, quando pinta o "rapa" (fiscalização) é só puxar o saco para cima, dar um nó e sair andando como se fosse mais um comprador com uma sacola na multidão.

quarta-feira, março 11, 2009

Conserto com pocket show

Munidos de marreta, areia, cimento, eles vieram consertar a pia da cozinha que afundava a cada dia. Era preciso desencaixar a pedra da pia do gabinete e colocar o cavalete de sustentação.
Enquanto um martelava, o mais velho, bom conversador, comenta:
- Você sabia que o Valter foi meu genro?
- É, fui casado com a filha dele, responde Valter.
- Ele foi casado com a milha filha mais velha, tiveram uma filha e um tempo depois se separaram. Cada um vive no seu canto. Apesar disso, a gente manteve a amizade, né Valter?
- É, responde o ex-parente martelando a parede.
- Pra falar a verdade, a minha filha que é tranqueira! Já juntou, separou num sei quantas vezes com outros rapazes e hoje tá morando comigo! Se vê como são as coisas, rodou, rodou e voltou pra casa! Ela que era tranqueira!
- É, martelando com mais força.
- Apesar disso, eu e o Valter mantivemos a amizade, ontem mesmo ele arrumou a pia de casa e hoje eu vim dar uma mão pra ele aqui na cozinha da senhora.
- É, ralentando a martelada.
- O Valter casou depois que separou da minha filha, mas não tiveram filhos.
- É, martelando e balançando a cabeça.
- Ele fez vasectomia.
- É, respondendo na síncope da martelada.
Sem dar ponto de corte o senhorzinho prossegue:
- Outro dia eu passei um susto danado. Minha mulher começou a passar mal, a pressão subia, subia, aí levei ela correndo pro PS. O médico disse que se demorasse mais um pouco ela tinha ido! Foi AVC!
- Puxa, ainda bem que o senhor agiu rápido, concluí.
- Ela tá melhorando. Tá fazendo fisioterapia. Antes, ela nem conseguia andar direito, andava assim (ele fazendo passinho de gueixa na cozinha). Mas agora já anda assim (andando mais espaçado, mas em câmera lenta).
- Que bom que ela consegue andar, retruquei em tom de ponto final.
- Pois é. Ela tá melhor, já consegue passar roupa, cozinhar um pouco. Logo logo ela vai passar na fono porque ela mexe a boca, mas não sai nada.

terça-feira, março 03, 2009

Ode ao Picadeiro

Tava lendo uns posts antigos de um outro blog que escrevia com meus amigos da facu. É o Picadeiro da Informação, pra quem não conhece.
Rí muito com os textos, com os comentários apimentados da galera e até com os comentários babacas, propositalmente anônimos. Aliás, já perceberam que os anônimos adoram dar lição de moral e posar de intelectual em blogs? E é por isso que a gente rí mais ainda deles....kkkkkkk
Enfim, o melhor de ler esses posts velhos é perceber quantos problemas, desafios, desafetos enfrentamos e tiramos de letra. E ainda, rimos das nossas próprias desgraças.
Bons tempos de Picadeiro!

domingo, março 01, 2009

Escrever é uma obrigação

Um tempo atrás numa conversa com grandes amigos jornalistas num barzinho fiquei aliviada ao descobrir que o mal de não saber mais escrever matérias (travar no lead, não distinguir o que é mais importante) é comum no nosso meio e que até se manifestou num amigo. Que alívio! Cheguei pensar que eu estava sofrendo de algum tipo de retardamento intelectual irreversível.
E acho que por causa desse "mal" que eu tenho sumido daqui. Assuntos para escrever não faltam, mas aquela vontade indomável de escrever está enjaulada com o diploma.
Estou pensando seriamente em adicionar a escrita nas obrigações diárias como tomar banho, escovar dentes, comer, andar, dormir, etc. Quem sabe, aos poucos, isso se torne um hábito e até prazeiroso.