Blog da Lu

Minha amiga Lu tem um blog que fala tudo sobre a prática de correr. Ela me convidou a escrever minha experiência neste esporte e topei.

Gostei do que escrevi e por isso resolvi postá-lo no meu blog também.

Espero que curtam.

A mudança de cidade trouxe mudanças positivas para o meu dia-a-dia. Uma delas é correr. Faz um ano que moro em São José dos Campos (SP) e perto do meu apê há dois parques, o Vicentina Aranha e o Santos Dumont. Ambos ficam a 800 metros do meu prédio e isso foi um grande estímulo para fazer caminhadas diárias e praticar corrida. Peguei gosto pelo novo hábito, mas confesso que ainda sou desajeitada e indisciplinada para correr.

O primeiro parque tem 84.500m² de área e pertenceu ao sanatório Vicentina Aranha, que funcionou entre as décadas de 20 a 80, mas foi tombado em 2001 como patrimônios histórico, arquitetônico e paisagístico. Coberta de pedrinhas, a pista tem 1.050 metros de extensão e passa entre bosques, pavilhões, casarões, uma igreja e uma capela de pedra.

Quando corro lá, tenho a sensação de viajar ao passado e fico imaginando como era o dia-a-dia dos pacientes, se eles escapavam dos quartos e se escondiam entre os arbustos ou simplesmente roubavam frutas das árvores. Aliás, esse é outro chamariz do parque que é rodeado por pés de pitanga, amora, manga e limão, que podem ser saboreados pelos freqüentadores. Uma recompensa pra quem suou a camisa no “louquinho”. Apelido que dei ao local.

Outro parque que gosto de ir é o Santos Dumont. Lá a atmosfera é outra. A cada passada de perna nos 678 metros de pista pavimentada, eu me deparo com uma réplica do 14 bis, um avião Bandeirante e foguetes, além de árvores, canteiros de flores, playground, quiosques, lago com patos e um mini jardim japonês composto de ponte, queda d’água, carpas e uma garça posuda.

Foi percorrendo nesse espaço que notei as características marcantes de São José, a tecnologia aeroespacial e a natureza. Elementos tão distantes, mas que dialogam harmoniosamente, lado a lado, no parque e na cidade.

E o meu dia favorito para correr lá é nas terças-feiras, quando o estacionamento do Santos Dumont vira uma feira livre. É quase impossível resistir à tentação de comer o pastel de feira. Mas devoro sem peso na consciência, pois é só dar alguns passos e já estou de volta para a pista de corrida.